A importância do estímulo à pesquisa e inovação tecnológica para ganhar competitividade foi o tema central da reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Desenvolvimento Urbano, Econômico e de Habitação do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI-RMSP) nesta terça-feira (19). O encontro teve início às 9h30, no auditório B do Edifício Cidade I, localizado na Rua Boa Vista, 170, Centro.
A subsecretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Margareth Leal, e o diretor de Operações do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Elso Alberti Junior, foram convidados para apresentar suas experiências nesse segmento e estimular o debate sobre como essas iniciativas podem ser incorporadas ao PDUI.
Margareth detalhou o funcionamento dos Sistemas Paulistas de Ambientes de Inovação (SPAI) e de Parques Tecnológicos (SPTec). Iniciativas do governo paulista, essas ações visam atrair investimentos e gerar novas empresas intensivas em conhecimento ou de base tecnológica que promovam o desenvolvimento econômico do Estado.
No caso dos parques tecnológicos, já existem 20 em São Paulo, sendo 13 com credenciamento definitivo e outros sete com credenciamento provisório. Dentro do SPAI, a Rede Paulista de Inovação Tecnológica avalia as condições de oferta e demanda dos municípios interessados na instalação de Centros de Inovação Tecnológica – já há 45 demandas. Após essa análise, o governo assina um protocolo de intenções com o município apto e libera recursos para a elaboração de estudos de viabilidade técnica e do plano de negócios.
Um ponto destacado por Margareth para o sucesso dessa iniciativa foi a adoção do sistema de gestão delegada a outro perfil jurídico, sem que o Estado faça esse gerenciamento diretamente. “São contratos de gestão com as prefeituras, estabelecendo metas.”
A subsecretária enfatizou que o desafio da iniciativa agora é promover a regionalização dos parques tecnológicos. “É preciso que cada um desses parques converse com seu entorno, saber como atuar regionalmente e ‘abaixar as portas’.”
Primeiro parque tecnológico
Já Alberti iniciou a apresentação falando sobre as mudanças nos marcos legais na área de Ciência e Tecnologia. “Está cada vez mais caracterizado que o poder público começa a enxergar a importância desse setor para o desenvolvimento do país.”
O diretor de Operações abordou as transformações promovidas pela instalação do Parque Tecnológico em São José dos Campos, em 1947, com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CTA). Esse foi o primeiro parque tecnológico do Brasil.
De acordo com ele, São José dos Campos passou de uma antiga vila para o sétimo maior município do Estado, com certa 700 mil habitantes. “Não tenho dúvida que esse resultado se deve a instituições fortes instaladas na cidade. O ITA teve papel preponderante para isso”, disse Alberti. Hoje o Parque Tecnológico ocupa uma área de 25 milhões de metros quadrados e tem quase 300 empresas e instituições vinculadas.